terça-feira, 16 de junho de 2009

A história do CRB

Lafaiete Pacheco foi o "grande responsável" pela fundação do CRB. Já no ano de 1911 tentaram junto a outros amigos a criação de um clube de regatas, que não vingou.

Homem de fibra, não se deixou por vencer, procurou Antonio Vianna, para juntos fundar um novo clube. E a 20 de setembro de 1912, após divergências sobre o nome da nova agremiação, foi fundado o Clube de Regatas Brasil, sob a égide "Um clube forte como a nossa pátria", à Rua Jasmin, na Pajuçara.

Além de Lafaiete Pacheco e Antonio Vianna, assinaram a ata de fundação os seguintes desportistas: João Luiz Albuquerque, Waldomiro Serva, Pedro Claudino Duarte, Tenente Julião, Agostinho Monteiro, Francisco Azevedo Bahia, João Vianna de Souza, Jorge Vieira de Macedo, Alexandre Nobre, Joaquim Pereira, Luiz Buarque, Heitor Porto, Dácio Amaral, Luiz Pizza Sobrinho, Crodegando Gomes, Gastão Silva e A. Camerino.

Seus primeiros passos foram dados na regata. Assim, através de Lafaiete Pacheco o CRB comprou, em Santos, sua primeira yole. Os sócios fundadores contribuiram com cem mil réis, e os outros cem foram tomados emprestados. Duzentos mil réis foi o valor da yole. O dinheiro foi remetido através do Banco de Pernanbuco e a yole pelo navio Itapetinga. A primeira garagem foi no quintal da casa de Antonio Vianna, um dos fundadores.

O futebol somente entrou na vida do CRB através dos irmãos Gondin mais Lauro Bahia, José Leite e Abelardo Duarte. Começaram jogando "rachas" no meio das ruas. Num desses bate bola, a redonda caiu no quintal de um senhor que não gostava de futebol e ameaçou rasgar a bola. Daí surgiu a idéia de se conseguir um local onde se pudesse jogar futebol com tranquilidade. O local escolhido para servir de campo de futebol para os rapazes treinarem foi o mesmo onde hoje se encontra o estádio Severiano Gomes Filho, no ano de 1916.

O terreno pertencia a dona Maria Torres que o arrendou ao CRB por trezentos mil réis. Era um terreno com altos e baixos. Foi necessário que os dirigentes, jogadores e torcedores trabalhassem para transformá-lo num campo de futebol, o que ocorreu. No ano de 1917, na gestão de Pedro Lima, começaram as obras de construção do estádio propriamente dito - as arquibancadas de madeira.

Na época, havia chegado da Inglaterra, Haroldo Zagalo, pai de Mário Jorge Lobo "Zagalo" ex-jogador e técnico da seleção brasileira e, entusiasmado com o trabalho dos rapazes do CRB, começou a passar seus conhecimentos para os atletas alvirrubros. Também estava em Maceió um alemão chamado Peter, que tinha muita habilidade com a bola e, juntando-se à turma melhorou consideravelmente o futebol no clube da Pajuçara. Estava plantada a semente que mais tarde daria bons frutos.

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