O Paraná Clube surgiu da fusão do Esporte Clube Pinheiros e do Colorado Esporte Clube, em 19 de dezembro de 1989.
O processo de fusão dos dois clubes começou em 1988, na agência de publicidade do colorado Zeno José Otto, que cuidava da conta de propaganda da firma do pinheirense Waldomiro Perini. Informalmente eles conversavam sobre futebol quando surgiu a idéia de promover-se uma pesquisa de mercado para descobrir o potencial de desenvolvimento da torcida do Pinheiros. A diretoria do clube gostou da sugestão, encomendou o trabalho e, ao receber o resultado, repensou o Pinheiros. Entre outros dados, a pesquisa mostrou que, apesar de ter sido finalista dos últimos campeonatos e de ter ganho 2 deles, o Pinheiros só conseguiria reunir um contingente de torcida com alguma expressão dali 15 ou 20 anos.
A partir daquele momento, pinheirenses e colorados começaram a estudar sigilosamente a fusão dos seus clubes. Passaram-se alguns dias até que outro publicitário, Ernani Buchmann, vice-presidente do Colorado, conseguiu provocar a primeira reunião no escritório de Zeno, na avenida Vicente Machado, bairro do Batel.
Estiveram presentes Darci Piana, do Conselho Deliberativo, Ernani Buchmann e o ex-presidente Dely Macedo como representantes do Colorado. Do lado pinheirense foram os presidentes dos Conselhos Deliberativo e Diretor, respectivamente Jorge Celestino Buso e Antonio Carlos Mello Pacheco, acompanhados dos conselheiros Erondy Silvério e Waldomiro Perini.
Darci Piana recorda o primeiro encontro:
–Diversas questões foram colocadas em discussão, com simplicidade e objetividade. Foi muito interessante.
O deputado Erondy Silvério também gostou da conversa:
–Tudo correu bem e nada ficou decidido. Só um ano e muitas reuniões depois é que as coisas ganharam corpo.
Entusiasmado com a projeção dos acontecimentos, Zeno Otto promoveu uma reunião, algum tempo depois, em uma casa no Parque Barigüi. Reuniu-se o mesmo grupo do primeiro encontro, reforçado de alguns outros influentes personagens, como os colorado Raul e Renato Trombini e os pinheirenses Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho. Foi a reuninao dos 12: 6 de cada lado, e Zeno apresentou um estudo inicial com as cores, os símbolos e a camisa do novo clube.
O nome Paraná foi unanimidade desde sempre, já que o Água Verde antes de tornar-se Pinheiros, cogitou o nome de Paraná e o Colorado também quase se chamou Paraná. Era, portanto, um nome comum às duas correntes.
A primeira sugestão foi de uma bandeira verde e branca, com as cores do Estado. Mas como seria semelhante às cores do Coritiba Foot Ball Club, foi logo descartada. Mas Zeno e Ernani haviam trabalhado juntos e caprichado na segunda alternativa: cores azul do Pinheiros, vermelha do Colorado, e branca comum a ambos; camisa dividida ao meio em azul e vermelho e uma águia dourada no distintivo. Causou boa impressão a todos quando da apresentação da segunda alternativa. O pinheirense Jorge Celestino Buso gostou da águia:
– A águia americana é poderosa, esperta, sagaz, dominadora. Porém, mais tarde, depois do célebre almoço em Santa Felicidade que selou a fusão, definiu-se pela gralha azul para fechar a idéia paranista do novo clube que tem o pinheirinho estilizado no emblema e o nome Paraná Clube.
O almoço aconteceu em setembro de 88, no restaurante Veneza no bairro de Santa Felicidade. A ele compareceram três representantes de cada facção: Darci Piana, Dely Macedo e Raul Trombini, do Colorado e Jorge Celestino Buso, Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho do Pinheiros. Ali foram aprovados o nome, as cores, a camisa, os símbolos e a distribuição patrimonial. Raul Trombini teve que sair antes do final da reunião que se resumiu no histórico guardanapo de papel, o primeiro documento escrito do novo clube.
Foram mantidos os slogans do dois clubes. Nas obras, o brado do Pinheiros: O Poder da Realização; no futebol, o grito do Colorado: A Alegria do Povo. Para mobilizar a torcida boca-negra ficou definido como local oficial dos jogos o estádio Durival Britto e Silva e a sede oficial na avenida Kennedy. E partiu-se para a oficialização do processo.
A escritura pública da ata de fusão em 19 de dezembro de 1989, foi registrada no 7º Tabelião de Notas de Curitiba. Depois de seis meses de estudos para a montagem dos estatutos definiu-se pela data da Emancipação Política do Estado do Paraná, 19 de dezembro, a realização das duas assembléias gerais que decidiram o surgimento oficial do Paraná Clube. Em Vila Capanema, de aproximadamente 600 colorados só 2 votaram contrariamente à fusão, enquanto que na sede da Kennedy, de 2800 pinheirenses, apenas 81 manifestaram-se contra a união.
Uma comissão do Colorado, liderada por Darci Piana, deslocou-se da Vila Capanema para a avenida Kennedy onde foram recebidos pelos pinheirenses no final da assembléia. Estava então fundado o Paraná Clube.
6 comentários:
Velho, obrigado pela visita e parabéns pelo trabalho, muito bom mesmo. Coloquei um link pra vc no Blog da Baixada.
Abs
Pinheiros + Colorado = PINHORADO!
paraná clube é uma ideologia.lenda.potencia.inveja corrói o incompetente lazarento.
paraná clube é uma ideologia.lenda.potencia.inveja corrói o incompetente lazarento.
paraná clube é uma ideologia.lenda.potencia.inveja corrói o incompetente lazarento.
paraná clube é uma ideologia.lenda.potencia.inveja corrói o incompetente lazarento.
Postar um comentário